Sinopse
Ah, o que não fazemos para
pertencer-mos a malta fixe da nossa escola. A Erika, a protagonista desta
história, não é diferente. No auge dos seus 16 anos conta histórias e mais
histórias às amigas da turma sobre o seu maravilhoso namorado. O problema? Ele
não existe. Quando as amigas começam a desconfiar da mentira, a Erika tem
uma brilhante ideia. Tirar foto do primeiro rapaz que veja na rua e contar para
todas que era o seu namorado. Tudo parecia correr sobre patinhas quando de
repente lhe aparece o rapaz da foto na sua escola. Quando ela tenta
explicar-lhe a situação o rapaz decide ajudá-la. Parece que finalmente as
estrelas estão a sorrir para a nossa amiga… ou talvez não. O Kyouya, o que
muitos pensam ser um autêntico príncipe encantado é na verdade um príncipe
sádico, sarcástico e sem ética moral mas com uma enorme admiração por cãezinhos
portanto decide fazer de Erika a sua próxima cadelinha se esta deseja continuar
com a farsa. Assim começa uma história que explorará o mau, menos mal e muito
mal numa relação de namorados.
Estas
personagens fazem com que Ookami Shoujo to Kuro Ouji seja dos animes Shoujo mais
relacionáveis e de certa forma, mais cruéis que alguma vez vi.
Erika Shinohara – A Erika parece ser a vossa rapariga normal de 16 anos, porém a sua aparência doce e delicada contrasta com a sua personalidade manipulativa, compulsiva, mentirosa e de certa forma oportunista. É sabido que é determinada no entanto tem receio a demonstrá-lo a Kyouya. Mas nem tudo é mau em si, veremos situações onde o seu bom coração virá ao de cima.
Erika Shinohara – A Erika parece ser a vossa rapariga normal de 16 anos, porém a sua aparência doce e delicada contrasta com a sua personalidade manipulativa, compulsiva, mentirosa e de certa forma oportunista. É sabido que é determinada no entanto tem receio a demonstrá-lo a Kyouya. Mas nem tudo é mau em si, veremos situações onde o seu bom coração virá ao de cima.
Sata Kyouya - Eu nunca pensei dizer isto mas encontrei uma personagem que odeio mais do que Shinji Ikari da popular e célebre série Neon Genesis Evangelion. Este sujeito, para as meninas, pode parecer o rapaz ideal: loiro, doce, ternurento, preocupado com a vossa felicidade e bem estar e –STOP! Esta faceta não poderia estar mais longe das verdadeiras cores do Kyouya: sempre com ar de enjoado como tem consciência do seu bom físico. É manipulativo, sádico e desprovido de sentimentos, explorando a pobre Erika de todas as maneiras e feitios, na sua maioria psicológicos. Com o passar do tempo desenvolve uma personalidade de protetor e fica com inveja quando os outros rapazes se aproximam de Erika. O Kyouya também tem uma irmã mais velha com uma personalidade tão má ou pior que a sua e uma mãe divertida e carinhosa.
Lassie is the best waifu! |
Takeru
Hibiya - Um colega de Kyouya, o Takeru é
um rapaz de personalidade forte e simples. Muito entusiasta em todas as suas
ações, ele é por excelência um bom rapaz e alguém com quem sempre podemos
contar. Como é desportista tem sempre o hábito que andar de camisa semi-aberta
e mostrar ao mundo os seus ABS! ABS! ABS! ABS! Ele irá ajudar Kyouya durante a
série ao longo de várias situações.
Yuu Kusakabe - Este rapaz para o qual a Erika, a meu ver, foi uma autêntica bitch, é o oposto de Kyouya: sincero, amável e mais preocupado no bem estar de quem ama. Tem sentimentos pela Erika. Como não tem confiança em si mesmo é visto como um estranho para o resto dos seus colegas.
Aki Tezuka e Tachibana Marin - Normalmente, as personagens secundárias ou até figurantes não costumam causar grande impacto numa série. Em Ookami Shoujo to Kuro Ouji, as suas adoradas colegas de turma e melhores amigas são a causa da Erika se colocar em todo o tipo de situações e peripécias muito porque estão sempre a esfregar na sua cara: "Olha Erika, estive com o meu namorado numa estância de esqui, olha para nós todos felizes!!!" Fazendo assim com que a pobre jovem arranje problemas atrás de problemas.
Aspectos técnicos
Embora
a narrativa seja um pouco diferente dos Shoujos tradicionais, Ookami Shoujo to
Kuro Ouji conta com características técnicas diversificadas dentro
deste género. A
iluminação clara e os tons pastel, muito recorrentes neste género de obras,
preenchem um ecrã num jogo de cores simples e doce. O público-alvo é
francamente estabelecido não só pelo enredo base
mas igualmente por todo um cenário calmo, onde o foco da qualidade técnica recai sobre o desenho dos protagonistas; o que se reflete numa obra simplista em design, porque também aqui também não é esse o alvo. A nível sonoro, aparte do opening divertido e algo catchy, o som é quase inexistente. Sei que não sou a pessoa mais indicada para vos falar deste género, mas notei que a nível sonoro podia ter sido melhor tendo falhado a causar impacto em certas cenas.
mas igualmente por todo um cenário calmo, onde o foco da qualidade técnica recai sobre o desenho dos protagonistas; o que se reflete numa obra simplista em design, porque também aqui também não é esse o alvo. A nível sonoro, aparte do opening divertido e algo catchy, o som é quase inexistente. Sei que não sou a pessoa mais indicada para vos falar deste género, mas notei que a nível sonoro podia ter sido melhor tendo falhado a causar impacto em certas cenas.
Conclusão
Admito, a razão pela qual comecei a acompanhar esta história de amor disfuncional foi pelo facto de a achar, como acima referi, terrivelmente relacional e cruel. Partindo do início; para muitas raparigas a entrada para o ensino secundário é quase uma prova de vida ou morte, aquele desejo de ser popular, correspondida e de não ficar sozinha. Da mesma maneira que os rapazes de boa aparência podem ser cruéis e manipular jovens num jogo psicológico como vemos ao longo de toda a série, por exemplo, ao longo do anime a Erika vai ficar mais do que uma vez bastante zangada com o seu suposto namorado, mas este assim que lhe oferece um colar magicamente tudo fica bem. Este acontecimento não só evidência o tratar a Erika como a sua cadelinha como temos um índice encoberto do que é materialismo numa relação entre namorados. Por último e não esquecendo as supostas amigas de Erika, elas são estéreotipo daquele grupinho de garotinhas, que como quem nos quer bem costuma dizer: "cuidado com as más companhias!" e Erika não podia ter escolhido piores. Não só a levam a mentir compulsivamente para entrar nas suas graças, entra em todo o tipo de sarilhos, no final chegamos à conclusão que também se aproveitam da protagonista para alimentarem o seu ego ainda mais. Como podem ver, Ookami Shoujo to Kuro Ouji é terrorificamente "real" em termos de situações. Infelizmente vi-me em diversas delas e aposto que quem decidir seguir certamente será esse o caso. Muitos de vocês que acompanharam esta review podem perguntar: "Então esta obra não um cliché de shoujo troupes?". Teoricamente sim, mas acreditem: este é um shoujo bem fora dos padrões comuns. Com isto digo-vos quem quer assistir a um shoujo tradicional este não será a melhor escolha e existem certamente melhores opções, se como eu querem algo diferente e relacionável então não precisam de procurar mais. Ookami Shoujo to Kuro Ouji a meu ver deve ser visto por todos; não só aprendemos como o ser humano pode ser o animal mais cruel de todos como podemos aprender várias lições de vida.