"Sentem-se enquanto vos toco esta bela melodia que dá pelo
nome de Shigatsu wa kimi no uso."
Arima Kousei é um adolescente prodígio na arte de tocar piano que dominou a concorrência quando era criança e todos reconheciam o seu nome, até lhe foi atribuída a alcunha de metromono humano. Porém depois do trágico acidente com a sua mãe, que também era sua mentora Arima teve um esgotamento nervoso resultante de não poder ouvir mais o som do seu piano, mesmo claro nunca perdendo a sua audição. Passaram-se anos, e Kousei vê o mundo real como algo vazio, sem cor e monótono. Assim vai vivendo até certo dia encontrar uma rapariga que mudará drasticamente a sua vida. Kaori é uma adolescente linda, dotada de uma liberdade e um espirito jovem e irreverente, no qual o seu violino reflete esta personalidade. Ao ver Kaori, Kousei vê um de novo uma esperança, um mundo para colorir, viver e acima de tudo um novo motivo para voltar a tocar piano, no entanto como Kousei esteve fora bastante tempo e terá concorrência apertada mas Kaori estará ao seu lado para lhe apoiar, alegrar, viver e amar.
Vou ser muito sincero convosco a razão pela qual comecei a ver este anime, foi pelo facto que piano e violino são os meus instrumentos favoritos, considero os mais únicos, variáveis e versáteis. Pela sinopse parece que estamos diante de uma obra de comédia romântica, cheia de luz cor e alegria, é certo que momentos alegres e românticos não vão faltar, mas em Shigatsu Kimi no uso, o amor é visto como algo mais platónico e o único meio de o transmitir é através da música. Esta obra também tem algo único que nunca vi antes numa serie anime, e confesso que me fez refletir mais sobre a vida e o que significa viver. Shigatsu Kimi no uso, tem tanto de belo como de trágico, mostra que não existe luz sem escuridão, som sem silêncio e amor sem sofrimento.
Um dos episódios que mais mexeu comigo e fez-me ver que realidade que não pode ser assumida e tirar conclusões precipitadas foi quando Kousei aceitou a finalmente a morte da sua mãe. Saki de início é vista como uma tirana, dia após dia treinava cruelmente e intensivamente o seu filho, não o deixando fazer mais nada do que tocar piano, nem sequer permitir ao seu filho brincar com Tsubaki a sua vizinha que até desenvolve sentimentos por Kousei. Mas o simples facto de Saki empregar este tratamento cruel no seu filho foi pelo facto desta saber que vai morrer brevemente e quer deixar ao seu filho um meio para se sustentar e permitir viver, ao saber disto não só o seu filho aceita o seu amor como nós o espectador aceitamos tudo o que Kousei sofreu e viveu.
Todas as personagens complementam-se umas as outras, sendo uma especie de inversos refletindo e transmitindo sentimentos tanto de positivos como negativos. Kousei é um rapaz calmo e tímido, muito talvez por viver tanto tempo oprimido pelo medo que viveu na sua infância. Ao passo que a Kaori é uma jovem cheia de irreverência, independente e alegre. Também ainda referente a personagens temos o Watari grande amigo de Kousei e namorado de Kaori, um playboy assumido e com um enorme talento para o futebol. A Tsubaki que é uma rapariga gentil, emotiva mas que guarda muito para si, tem sentimentos por Kousei desde a desde a sua infância e gostaria que este deixasse de se preocupar pela música porque acredita que a música rouba sempre o seu amor. O seu nome significa Camélia, que é uma flor, significando transição entre a vida e morte, o que faz sentido porque nos minutos finais devido aos trágicos incidentes, Tsubaki tomará o lugar de Kaori na vida de Kousei. E para finalizar os rivais amigáveis de Kousei, Emi e Aiza, que mais tarde ficamos a saber a razão pela entraram neste mundo foi porque em crianças Arima os inspirou a seguir estes passou, e Nagi uma menina muito jovem que também já demostra já enorme talento para tocar piano. Como podem ver todas as personagens como disse anteriormente são inversos, reversos da mesma moeda, todos com os seus dramas (nada muito exagerado), as suas preocupações, virtudes e desejos, porque acima de tudo este anime é uma obra muito relacionável e humana.
A animação é um jogo intenso
de luzes, cores quentes envolta num mar de emoções fortes e profundas.Arima Kousei é um adolescente prodígio na arte de tocar piano que dominou a concorrência quando era criança e todos reconheciam o seu nome, até lhe foi atribuída a alcunha de metromono humano. Porém depois do trágico acidente com a sua mãe, que também era sua mentora Arima teve um esgotamento nervoso resultante de não poder ouvir mais o som do seu piano, mesmo claro nunca perdendo a sua audição. Passaram-se anos, e Kousei vê o mundo real como algo vazio, sem cor e monótono. Assim vai vivendo até certo dia encontrar uma rapariga que mudará drasticamente a sua vida. Kaori é uma adolescente linda, dotada de uma liberdade e um espirito jovem e irreverente, no qual o seu violino reflete esta personalidade. Ao ver Kaori, Kousei vê um de novo uma esperança, um mundo para colorir, viver e acima de tudo um novo motivo para voltar a tocar piano, no entanto como Kousei esteve fora bastante tempo e terá concorrência apertada mas Kaori estará ao seu lado para lhe apoiar, alegrar, viver e amar.
Vou ser muito sincero convosco a razão pela qual comecei a ver este anime, foi pelo facto que piano e violino são os meus instrumentos favoritos, considero os mais únicos, variáveis e versáteis. Pela sinopse parece que estamos diante de uma obra de comédia romântica, cheia de luz cor e alegria, é certo que momentos alegres e românticos não vão faltar, mas em Shigatsu Kimi no uso, o amor é visto como algo mais platónico e o único meio de o transmitir é através da música. Esta obra também tem algo único que nunca vi antes numa serie anime, e confesso que me fez refletir mais sobre a vida e o que significa viver. Shigatsu Kimi no uso, tem tanto de belo como de trágico, mostra que não existe luz sem escuridão, som sem silêncio e amor sem sofrimento.
Um dos episódios que mais mexeu comigo e fez-me ver que realidade que não pode ser assumida e tirar conclusões precipitadas foi quando Kousei aceitou a finalmente a morte da sua mãe. Saki de início é vista como uma tirana, dia após dia treinava cruelmente e intensivamente o seu filho, não o deixando fazer mais nada do que tocar piano, nem sequer permitir ao seu filho brincar com Tsubaki a sua vizinha que até desenvolve sentimentos por Kousei. Mas o simples facto de Saki empregar este tratamento cruel no seu filho foi pelo facto desta saber que vai morrer brevemente e quer deixar ao seu filho um meio para se sustentar e permitir viver, ao saber disto não só o seu filho aceita o seu amor como nós o espectador aceitamos tudo o que Kousei sofreu e viveu.
Todas as personagens complementam-se umas as outras, sendo uma especie de inversos refletindo e transmitindo sentimentos tanto de positivos como negativos. Kousei é um rapaz calmo e tímido, muito talvez por viver tanto tempo oprimido pelo medo que viveu na sua infância. Ao passo que a Kaori é uma jovem cheia de irreverência, independente e alegre. Também ainda referente a personagens temos o Watari grande amigo de Kousei e namorado de Kaori, um playboy assumido e com um enorme talento para o futebol. A Tsubaki que é uma rapariga gentil, emotiva mas que guarda muito para si, tem sentimentos por Kousei desde a desde a sua infância e gostaria que este deixasse de se preocupar pela música porque acredita que a música rouba sempre o seu amor. O seu nome significa Camélia, que é uma flor, significando transição entre a vida e morte, o que faz sentido porque nos minutos finais devido aos trágicos incidentes, Tsubaki tomará o lugar de Kaori na vida de Kousei. E para finalizar os rivais amigáveis de Kousei, Emi e Aiza, que mais tarde ficamos a saber a razão pela entraram neste mundo foi porque em crianças Arima os inspirou a seguir estes passou, e Nagi uma menina muito jovem que também já demostra já enorme talento para tocar piano. Como podem ver todas as personagens como disse anteriormente são inversos, reversos da mesma moeda, todos com os seus dramas (nada muito exagerado), as suas preocupações, virtudes e desejos, porque acima de tudo este anime é uma obra muito relacionável e humana.
Nos momentos musicais esta frase vai fazer bastante sentido toda a parte técnica de Shigatsu wa kimi no uso é realmente assombrosa, os movimentos especialmente os de Kaori quando toca violino são dotados de uma animação suave mas muito intensa, aliado a dedicação que a equipa de produção teve durante toda serie, desde até ter músicos profissionais a tocar, diria até mesmo representar porque a musica canaliza tudo o que Shigatsu wa kimi no uso é e transmite. Outro episódio que a animação tem destaque muito importante é quando Kaori já em fase terminal vai perdendo a luz e tonalidade ficando pálida, a primeira vista pode parecer algo corrente mas asseguro-vos este simples efeito terá um peso considerável nos episódios finais.
Ainda em respeito aos seus aspectos técnicos o som conta, com uma banda sonora poderosa muito na sua maioria composta por obras de músicos ilustres como Chopin e Bach. Também outro aspecto a salientar a banda sonora esteve sempre presente nos momentos chave e tanto a abertura como encerramento foram de novamente contrastes. Ao passo que a abertura é alegre e vibrante, o encerramento é triste e profundo onde até é possível verter algumas lagrimas.
Outro jogo que Shigatsu wa kimi no uso (A tua mentira em Abril) faz o espectador é com o título que só faz mesmo sentido nos instantes finais. Contrariamente a muita gente eu não derramei lagrimas externas de tristeza, mas sim derramei lagrimas interiores de felicidade e realização por ter presenciado uma grande historia, muito bem escrita, dotada de grandes personagens e momentos únicos. Morte nem sempre o fim de algo ou alguém, esse alguém só morre realmente quando nos esquecemos dele, esta obra é na sua essência, um mecanismo de cura, aceitarmo-nos a nós próprios, tomar o primeiro passo mesmo que seja com ajuda de outra pessoa, e finalmente saber dizer e aceitar dizer o adeus quando esse tempo chegar. Sem sombra de dúvida uma das melhores series anime que tive o prazer de assistir e acima de tudo viver. Kaori e Kousei viveram sempre nas nossas memórias, acima de tudo viveram sempre nos nossos corações.
10/10
"Final da actuação."
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